29 de maio a 15 de junho de 2014

Parque de Exposições Sebastião Alves do Nascimento - Patos de Minas - MG

História e Tradições

                       "Elegias ao grande presidente do Brasil" é o projeto das curadorias de Literatura e História para o Balaio 2015

            As curadorias de literatura e história do Balaio de Arte e Cultura homenagearão ninguém menos do que Juscelino kubitschek, esse que foi considerado o artista do impossível, segundo o escritor Cláudio Bojunga.

            O autor relata que depois do suicídio de Getúlio Vargas, a eleição de JK livrou o Brasil do fardo de ver a nação sob o comando de ditadores e abriu espaço para o país saltar sobre o abismo retórico que não conseguia engolir a realidade tão incomoda, entrando para o rol das nações que cresciam sem parar.

            Os Brasileiros se identificaram com a audácia do novo presidente e tomaram-se de um ânimo jamais visto por essas terras. Foi assim que na segunda metade dos anos 50, os brasileiros se tornam subitamente jovens, confiantes, imaginativos. Inspirados por um presidente alegre e cosmopolita que prestigiou artistas e escritores e fundou uma nova capital para realizar o sonho de recomeço. “Os anos dourados foram aqueles em que os brasileiros deram as costas às derrotas e viveram os sonho intenso de serem viáveis, modernos inéditos, até mesmo invejáveis. Foi o momento mágico de crescimento econômico, democracia e florescimento político. O Brasil desse tempo, estabeleceu uma conexão madura com o resto do mundo e atualizou-se com perfeição, assegurando nossa identidade mais profunda", diz o autor Cláudio Bojunga.

            Na ficção de Guimarães Rosa, nos versos geométricos de João Cabral de Melo Neto, nas epifanias de Clarice Lispector, nos acordes de João Gilberto e da bossa nova. Nas exorbitâncias de Lygia Clark e Hélio Oiticica, na bossa de Tom, Nara, Menescal, em toda na poesia melódica de Vinícius, na arquitetura de Oscar e Lúcio Costa, nos quadros de Amilcar de Castro e suas  esculturas neo concretistas que ficaram famosas mais tarde; na arte de Portinari e Di Cavalcanti, nos escritos de Autran, Leão de Formosa, Gullar e Juca de Angélica. Foi neste momento em que nos pés de Pelé e Garrincha que o Brasil ganhou sua primeira Copa em 1958.

            Foi também nesse período que o filme "Rio, 40 graus" de Nelson Pereira dos Santos dava início ao cinema novo no Brasil. Nesse samba de pés, nesse jogo de arte e poesia, Juscelino inspira e impulsiona os brasileiros.

            O Brasil se descobre em outros patamares, se consagra moderno, pujante e poético, aberto ao mundo e à cultura. Nunca em outros tempos, o Brasil ficou tanto tempo inspirado na alegria e na energia realizadora de um presidente que amava acima de tudo seu país e seu povo. 

            Os passos de Jk serão reescritos por esse sertão do cerrado com mostras de documentários históricos, a poesia em elegias do livro ainda inédito de Leão de Formosa já autorizado pela família do poeta para ser publicado no Balaio 2015.

            O visitante do Balaio de Arte e Cultura será contagiado por esse espírito guerreiro, moderno e visionário de Jk.  Traspassará sobre ele o ineditismo modernista, a alegria da realização, a dança das letras e movimentos históricos abençoados por uma era de perseverança e fé, energia, arte e cultura.

 

 

 

Regina M. F. Carvalho - Presidente do Conselho Curador do Balaio e Curadora de literatura Balaio 2015

João Otávio - Curador de História e Tradições 

 

 

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